Amanita-mata-moscas - Fly Agaric, (Amanita muscaria)
Local: Serra do Gerês
Os cogumelos Amanita muscaria são elementos comuns em histórias como "A Alice no país das maravilhas", e são conhecidos pela sua toxicidade e beleza exuberante em paisagens dominadas por tons dourados. Nascem na sombra de carvalhos, o que ajuda a criar um plano posterior rico em tons Outonais, mas obrigam ao uso de tripé, e no caso desta fotografia, de uma lanterna para iluminar o cogumelo.
Nas regiões mais "selvagens" e endémicas da serra do Gerês é possível encontrarmos com alguma frequência estes belos cogumelos.
Local: Rio Homem, Serra Amarela
Sempre que me é possível regresso ao parque Nacional da Serra da Peneda-Gerês, e desde a infância que o vale do rio Homem tem sido o local onde tenho passado mais tempo. Desta vez tive a oportunidade de estar uma semana numa época do ano em que raramente me é possível deslocar a esta região, o Outono.
Em termos de clima, esta época do ano pode ser muito instável, nunca sabendo ao certo o que o dia seguinte me esperava. Assim sendo a ordem era para sair bastante cedo e procurar por diferentes condições climáticas, no caso desta fotografia uma neblina ao nascer do dia que ainda teimava em não abandonar o rio Homem. Aqui, as madrugadas, são caracterizadas por temperaturas em torno do zero graus, criando condições óptimas para que surjam estas neblinas matinais.
Borboleta Maravilha - Clouded Yellow, (Colias Croceus)
Local: Serra da Amoreira
Gafanhoto
Local: Serra da Amoreira
Depois de quase ano e meio de existência deste blog, finalmente coloco as primeira fotos da minha "serra" de residência. A serra da Amoreira localiza imediatamente a norte de Lisboa atingindo mais de 300m de altitude o que permite ter uma vista privilegiada por toda a Lisboa, Loures, Sintra e Malveira. Trata-se de uma região com algumas zonas ainda naturais o que tem permitido a existência de algumas espécies animais como coelhos, falcões, corujas, cobras, etc. Da minha parte tenho prestado mais atenção aos insectos...
Bosca's Newt , (Lissotriton boscai))
Local: Serra de Sintra
Na continuação do objectivo a que me tinha proposto este ano, a realização de um trabalho fotográfico continuado de anfíbios,tenho visitado a serra de Sintra com alguma regularidade. No início do Verão, aquando da realização destas fotografias, os tritões ibéricos ainda se encontravam perto dos cursos de água habituais de procriação facilitando a sua localização e permitindo assim experimentar diferentes enquadramentos e "contextos" fotográficos. Se na primeira fotografia se pretende dirigir a atenção para os olhos de modo a realçar as suas características, já na segunda fotografia se pretendia captar o ambiente natural da espécie.
Há uns meses atrás partilhei duas fotografias do rio Toco, um dos rios que tenho vindo a explorar nos últimos três anos e que não me tem parado de me maravilhar pela riqueza que apresenta. O vale do rio é extremamente acidentado, e o acesso às margens do rio dificultado pela densa vegetação e enormes rochas graníticas que compõem a paisagem. No entanto, por vezes, abrem-se clareiras, como é o caso da primeira fotografia, tornando o cenário idílico, e o forte relevo proporciona diversas quedas de água à medida que o rio avança pelo vale.
Local: Ermida, Serra do Gerês
Quando regresso à bela e invulgar cascata do arado em plena serra do Gerês tinha a intenção de experimentar algo diferente da última vez que aqui tinha estado. Velocidade de obturação, luz, perspectiva e enquadramento eram as variáveis. Na primeira fotografia, já no crepúsculo, era-me permitido experimentar velocidades mais lentas e assim criar uma noção de movimento mais acentuada. Nas segunda fotografia, uma perspectiva diferente da cascata, em que os tons verdes e azuis da água contrastam com os tons alaranjados do granito molhado.
Giant house spider (Tegenaria sp.)
Local: Peninha, Serra de Sintra
Uma das vantagens de fotografar em Sintra é que dificilmente vimos de lá sem pelo menos uma fotografia, tanta que é a diversidade de motivos. Neste dia o objectivo era fotografar os "pequenos" habitantes do bosque da Peninha, depois de mais de uma hora à procura de uma espécie interessante, eis que surge este verdadeiro gigante, uma aranha do género Tegenaria com um comprimento entre patas a atingir os 8cm. Esta é uma das maiores aranhas que podemos encontrar na Europa ocidental.
Local: Peninha, Serra de Sintra
Uma das vantagens de fotografar em Sintra é que dificilmente vimos de lá sem pelo menos uma fotografia, tanta que é a diversidade de motivos. Neste dia o objectivo era fotografar os "pequenos" habitantes do bosque da Peninha, depois de mais de uma hora à procura de uma espécie interessante, eis que surge este verdadeiro gigante, uma aranha do género Tegenaria com um comprimento entre patas a atingir os 8cm. Esta é uma das maiores aranhas que podemos encontrar na Europa ocidental.
Local: Praia da Ursa, Sintra
O parque natural Sintra-Cascais é reconhecidamente rico em diversidade e singularidades. Uma dessas singularidades é a proximidade da serra de Sintra com a linha costeira o que resulta em condições climatéricas únicas. Por ventura a praia mais icónica do parque será a praia da Ursa caracterizada pela rocha da Ursa, na segunda fotografia, e que lhe dá o seu nome.
Esta tem sido a praia que mais tenho explorado no último ano e, invariavelmente, foco a minha atenção na rocha da Ursa, pela sua forma, mas sobretudo pelos tons e textura que adquire ao por-do-sol.
Local: Rio Ermida, Serra do Gerês
Já fez um ano que decidi criar um blog para partilhar as maravilhas naturais que tenho vindo a fotografar nos últimos anos. Neste momento de aniversário tenho de agradecer a todos os meus companheiros de viagem pelos momentos fantásticos que partilhámos, sendo que tem sido unânime que o mais importante numa saída não era a fotografia mas o momento de comunhão entre nós e com a natureza. Agradeço, também, aos visitantes deste blog, que sem os quais nada disto faria sentido.
Bosca's Newt , (Lissotriton boscai))
Local: Serra de Sintra
Marbled Newt , (Triturus marmoratus)
Local: Serra de Sintra
A Serra de Sintra com o seu clima fresco e húmido todo o ano é um território perfeito para a proliferação de tritões e salamandras. Das sete espécies endémicas em Portugal, já me foi possível confirmar a existência de quatro, as quais tenciono fotografar com regularidade este ano.
Aproveitando o final do período de reprodução destas duas espécies, o tritão-marmoreado e o tritão-ibérico (ou tritão de ventre-laranja), visitei recentemente os locais com as características ideais para tal (águas calmas, mas oxigenadas) e confirmei que os adultos ainda permanecem por lá antes de regressar para os seus esconderijos habituais. É possível que o clima de Sintra atrase o período de reprodução destas espécies até muito perto do Verão, quando noutros locais já terminou a algum tempo.
Common-Toad, (Bufo Bufo)
Local: Peninha, Serra de Sintra
A serra de Sintra é uma região com uma imensa e diversa fauna, sendo que é possível encontrarmos a maioria das espécies de anfíbios existentes em Portugal. Aproveitando uma noite nesta primavera com as condições atmosféricas ideais para a actividade de anfíbios de hábitos noturnos parti na companhia de Tiago Duarte, Nuno Valverde e Tiago Ferreira à procura destas espécies.
Após um início de noite sem conseguirmos visualizar qualquer espécie, com o passar das horas lá começaram a aparecer, embora com timidez. Este sapo-comum, ainda jovem, foi uma das espécies encontradas, mas para meu espanto quase dois metros acima do nível do chão em cima de uma rocha passando despercebido por todos, excepto de Tiago Duarte, curiosamente o único não-fotografo.
Nos últimos dois anos tenho vindo a explorar com maior regularidade o Parque Natural de Sintra-Cascais na companhia dos amigos e fotógrafos Nuno Valverde, Rúben Neves (na segunda foto) e Tiago Ferreira. Este parque é um dos parques naturais do nosso pais, que apesar de tudo se tem preservado tendo em conta a proximidade de um grande centro urbano como é Lisboa e a sua área metropolitana.
A serra de Sintra, e em concreto a Peninha, possuem características geográficas, mas sobretudo climatéricas distintas da região em que estão inseridas. Sendo que a instabilidade do clima é uma das primeiras características que saltam à ideia de qualquer pessoa que conheça a serra de Sintra. As fotografias acima foram captadas no Verão de 2011, num dia em que estavam 33 graus em Lisboa e céu limpo, mas na Peninha a temperatura caía para 17 graus, com uma densa neblina e chuva. Esta instabilidade torna-se assim uma das oportunidades fotográficas que a serra nos permite.
A região da serra do Gerês, por razões afectivas, sempre foi o meu local de predileção e onde eu regresso sempre que possível. No entanto a minha zona de conforto sempre se situou na região mais ocidental, mas nos últimos anos tenho vindo a descobrir mais da zona oriental, e com especial destaque em Pitões das Júnias.
Longe dos pontos turísticos do Parque Nacional da Peneda-Gerês, Pitões das Júnias apresenta uma imensa variedade de fauna e flora a explorar mas neste dia o objectivo era chegar à base da cascata que tem o nome desta aldeia. O caminho não era fácil, mas isso apenas tornava o percurso mais interessante e aumentava a expectiva do que encontraríamos lá em baixo, falo no plural pois viajava com a companhia de Rúben Neves e Nuno Valverde.
Infelizmente a altura era de seca acentuada, o que afectava o caudal da cascata, mas o ambiente e os tons proporcionados compensavam.
Longe dos pontos turísticos do Parque Nacional da Peneda-Gerês, Pitões das Júnias apresenta uma imensa variedade de fauna e flora a explorar mas neste dia o objectivo era chegar à base da cascata que tem o nome desta aldeia. O caminho não era fácil, mas isso apenas tornava o percurso mais interessante e aumentava a expectiva do que encontraríamos lá em baixo, falo no plural pois viajava com a companhia de Rúben Neves e Nuno Valverde.
Infelizmente a altura era de seca acentuada, o que afectava o caudal da cascata, mas o ambiente e os tons proporcionados compensavam.
O sul da Suiça é caracterizada pelos seus grandes lagos, que têm origem nos rios que nascem a norte e não encontram saída para o mar, acabando por ficarem retidos.
Nas manhãs, mesmo que sob um forte sol, forma-se uma neblina sobre os lagos, neste caso o Lago de Lugano. Esta neblina, sobre a água, combinada com o relevo fortemente acidentado forma um cenário quase místico em que à distância tudo fica mascarado, sem pormenores, apenas restando a percepção do ambiente.
Esta é última fotografia desta viagem. Outras ficaram por partilhar, talvez num futuro próximo.
Nas manhãs, mesmo que sob um forte sol, forma-se uma neblina sobre os lagos, neste caso o Lago de Lugano. Esta neblina, sobre a água, combinada com o relevo fortemente acidentado forma um cenário quase místico em que à distância tudo fica mascarado, sem pormenores, apenas restando a percepção do ambiente.
Esta é última fotografia desta viagem. Outras ficaram por partilhar, talvez num futuro próximo.
Novamente com o objectivo de chegar a um lago a alta altitude escolhi Lünersee na Áustria, um lago que aparentava ser de fácil acesso. Pois, novamente, fui impedido de chegar de carro por uma estrada fechada, tendo neste caso ficado a 5 km. Desta vez, e embora o dia já fosse longo, resolvi fazer os 5 km a pé com a agravante de ser através de uma serra com um grau de inclinação bastante acentuado (subi mais de 1500m em altura).
O lago, esse, nunca o cheguei a ver, o acesso era possível apenas por teleférico (fechado) e 1000 m de montanha rochosa, do género da segunda foto, me impedia. Na memória ficam mais de três horas de caminhada solitária mas rodeado de um cenário imponente que certamente quererei repetir.
O lago, esse, nunca o cheguei a ver, o acesso era possível apenas por teleférico (fechado) e 1000 m de montanha rochosa, do género da segunda foto, me impedia. Na memória ficam mais de três horas de caminhada solitária mas rodeado de um cenário imponente que certamente quererei repetir.
É comum encontrar-mos na Suíça inúmeras cascatas sem que lhes seja atribuído qualquer nome. De facto são muitas e admito que estas maravilhas naturais não suscitem tanto interesse nas pessoas locais.
No caso desta o que me atraiu foi o ambiente e o facto desta cascata resultar da queda de várias centenas de metros de água directamente de um pico montanhoso ainda coberto de neve. De facto nestas imagens nada nos leva a crer que centenas de metros acima (praticamente numa linha vertical) o cenário era absolutamente distinto.
No caso desta o que me atraiu foi o ambiente e o facto desta cascata resultar da queda de várias centenas de metros de água directamente de um pico montanhoso ainda coberto de neve. De facto nestas imagens nada nos leva a crer que centenas de metros acima (praticamente numa linha vertical) o cenário era absolutamente distinto.
Depois de uma semana a viajar pela região dos Alpes, como seria de imaginar, são muitas as fotografias de cenários montanhosos e repletos de neve. Quais a fotografias a selecionar para colocar neste blog tem sido o grande problema. A fotografia que optei por publicar desta vez possui algumas das características que considero mais representativas da região em causa: a noção de verticalidade e relevo, as cores e o seu contraste, e por fim a textura.
A textura (associado ao volume proveniente da luz) será por ventura o elemento visual que mais me atrai, sendo que neste caso possuímos um contraste elevado entre as rochas e ramos das árvores, com a neve quase desprovida visualmente de textura.
A textura (associado ao volume proveniente da luz) será por ventura o elemento visual que mais me atrai, sendo que neste caso possuímos um contraste elevado entre as rochas e ramos das árvores, com a neve quase desprovida visualmente de textura.
Com a maioria das estradas cortadas acima dos 2500 metros tornou-se muito complicado aceder aos lagos gelados. Acabei por encontrar este em San Bernardino, um pouco por acaso, embora tenha feito várias tentativas de carro, mas também a pé, sendo sendo impedido por estradas fechadas, demasiados metros de neve e até escarpas intransponíveis sem os meios adequados. Começo a acreditar que numa viagem deste genéro, um kit de escalada é fundamental!
Fotografar nos Alpes Suíços é quase sinónimo de oportunidades incontáveis de fotografar cascatas. No caso da cascata destas fotografias, Giessbachfall, era um dos pontos que eu já levava de Portugal como paragem obrigatória. O cenário continuava a ser, como de resto, muito invernoso, a vegetação ainda não tinha despontado, pelo que optei por me dedicar mais aos pormenores e menos ao contexto em estava inserido.
Espero num futuro (não excessivamente longínquo) voltar ao mesmo local, mas numa altura mais Primaveril ou até Outonal.
Espero num futuro (não excessivamente longínquo) voltar ao mesmo local, mas numa altura mais Primaveril ou até Outonal.
A Suíça é sinónimo de água, quer na forma de gelo, de neve ou simplesmente a correr livremente, na sua forma liquida, por entre as montanhas. Seis por cento de toda a água da Europa encontra-se neste pais.
O cenário, esse continua a ser Invernal, embora nesta imagem estivesse a uma altitude moderada, a imagem é apenas "aquecida" pelos tons alaranjados de alguns minerais presentes nas rochas.
O cenário, esse continua a ser Invernal, embora nesta imagem estivesse a uma altitude moderada, a imagem é apenas "aquecida" pelos tons alaranjados de alguns minerais presentes nas rochas.
Monte Branco (Mont Blanc)
Local: França, Itália
O Monte Branco é a montanha mais alta dos Alpes e da Europa Ocidental, com uma altitude de 4810 metros. Para contemplar este pico foi necessário uma subida de mais de 2800 metros através de teleféricos desde a povoação francesa de Chamonix até ao pico da montanha Aiguille du Midi (3,842 m), tendo assim uma perspectiva sobre todo o maciço do Monte Branco e dos seus pormenores.
A primeira fotografia apresenta-nos o Monte Branco, sendo as restantes pormenores do cenário glaciar envolvente.
Local: França, Itália
O Monte Branco é a montanha mais alta dos Alpes e da Europa Ocidental, com uma altitude de 4810 metros. Para contemplar este pico foi necessário uma subida de mais de 2800 metros através de teleféricos desde a povoação francesa de Chamonix até ao pico da montanha Aiguille du Midi (3,842 m), tendo assim uma perspectiva sobre todo o maciço do Monte Branco e dos seus pormenores.
A primeira fotografia apresenta-nos o Monte Branco, sendo as restantes pormenores do cenário glaciar envolvente.
No início desta Primavera viajei até ao coração da Europa para conhecer e fotografar os Alpes por entre França, Suíça, Liechtenstein, Áustria e Itália. A altura do ano sugeria alguma ambiguidade nas estações, esperando alguns sinais de Primavera nos pontos mais baixos e ambientes mais Invernais nos pontos altos. Nas regiões mais altas (acima dos 2000m) a mobilidades não foi tanta quanto a desejável com muitas estradas com acesso condicionado a não permitir que pudesse chegar a todos os pontos que pretendia, mas felizmente a meteorologia cooperou permitindo alguns momentos mais propícios para a fotografia.
Esta fotografia apresenta-nos o vale de Chamonix, França, em pleno maciço de Mont Blanc, um símbolo emblemático do Alpes.
Os próximos posts mostrarão um pouco dos ambientes alpinos.
Esta fotografia apresenta-nos o vale de Chamonix, França, em pleno maciço de Mont Blanc, um símbolo emblemático do Alpes.
Os próximos posts mostrarão um pouco dos ambientes alpinos.